Blog das Homilias

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Pessoas preocupadas com a prevenção

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Religião complica a vida? 21° Dom. Tempo Comum

Jesus caminha para Jerusalém, onde completará sua missão em sua entrega ao Pai e em sua glorificação. No caminho alguém lhe pergunta: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” (Lc 13,23). A questão da salvação é sempre um mistério. Isso não justifica que inventemos soluções, mas as procuremos no próprio Jesus, que é o único salvador. Surgiram muitos salvadores no correr da história. O próprio imperador romano se dizia salvador do povo. Mesmo hoje aparecem salvadores prometendo salvação. É o próprio Jesus quem responde: “Fazei todo o esforço para entrar pela porta estreita” (24). Não adianta somente ter estado com Jesus, dizer que comeram e beberam com Ele. Ou escutaram sua doutrina. Ou mesmo ter nome de cristão. Não é a religião que salva. ‘Entrei nessa religião ou nesse grupo, estou salvo’. O que salva é o fazer o que Ele propõe. Ele não aceita os que praticam a injustiça. Por aí já temos uma solução. Quem vai se salvar são aqueles que, mesmo sem conhecer a Deus como conhecemos, fizeram o que Deus quer. A porta é estreita, mas é aberta para todos os que queiram praticar a justiça, como ouvimos na Palavra de hoje: Todos que assim fizerem, mesmo que não tenham recebido o anúncio da Igreja, estarão passando pela porta estreita. A religião não é complicada, somos nós que nos complicamos. Vemos tantas leis e tantos mandamentos. Jesus condensa tudo no amor. Não é complicado. O peso da religião vem de nossa canseira provocada pelo egoísmo e orgulho. Deus quer que todos cheguemos à salvação por meio de Jesus. A liberdade de ser salvo nos liberta de todas as cadeias. Quanto mais de Jesus, mais pura a religião. Um Reino para todosJesus afirma: “Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa do Reino de Deus”. O profeta Isaías anuncia essa visão universalista que foi uma questão complicada para o povo de Israel e às vezes o é para os cristãos. Os judeus tinham uma visão estreita, dando-se o direito de serem o único povo de Deus, mesmo diante de uma profecia tão linda como essa de Isaías. Perdeu a noção de profeta das nações. Deus escolheu um povo para si e para cumprir uma missão e não para ser dono de um Deus. Corremos o mesmo risco de nos fecharmos em um esquema de trazer os povos para nós e não levar o evangelho para os povos. Por aí podemos ver os erros da evangelização. Somos culpados pelo fato de tantos povos estarem distantes do evangelho. Eles têm as sementes do Evangelho. A nós compete ajudá-los a fazê-las crescer e anunciar as riquezas da graça de Deus. Deus é justo, é santo. Praticar a justiça é viver conforme essa justiça e santidade de Deus. Se não acreditarmos em um Deus para todos, como seria a situação dos outros? Jesus acentua “que últimos serão primeiros e primeiros serão últimos” (Lc 13,30). Deus corrige a quem ama A Palavra de Deus na carta aos Hebreus acentua uns elementos a mais que contribuem para entender a porta estreita: “Não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando Ele te repreender; pois o Senhor corrige a quem Ele ama e castiga a quem aceita como filho” [...] “Qual é o Filho a quem o pai não corrige?” (Hb 12,5-7). Por aqui podemos perceber que há um caminho não difícil ou impossível. A vida tem que ser atenta a encontrar os melhores caminhos, superar as dificuldades e vencer os erros que cometemos na caminhada. Isso é a educação de Deus. Pode ser duro, mas a porta é estreita. A comunidade reunida para a celebração é sempre uma escola de bom aprendizado. Leituras: Isaías 66,18-21; Hebreus 12,5-7.11-13; Lucas 13,22-30.Ficha: 1. Jesus continua catequizando seus discípulos. Responde a uma pergunta: “São poucos os que se salvam?” A questão da salvação é sempre um mistério. Por isso apresentam-se sempre “salvadores”. As pessoas se salvam, não por pertencerem a uma religião, mas por conhecerem a Deus, mas por fazerem o que Ele quer. Na verdade, só conhece a Deus, quem faz sua vontade. Não é complicado. Basta amar. Assim estamos atravessando a porta que é Jesus. 2. O Reino é aberto para todos. Os judeus não tinham uma visão universalista de sua missão, apesar de serem ensinados pelos profetas. Nós corremos o risco de nos fecharmos em um esquema de trazer os povos para nós e não na visão de levar o evangelho aos povos. Evangelho não se reduz à cultura de um povo. Anunciamos as riquezas da graça de Deus. 3. Deus corrige aos que ama. Não é impossível o caminho da fé, pois Deus nos educa para isso. A correção de Deus acontece quando nos convertemos. Na celebração nós temos uma boa escola para o aprendizado.

A porta estreita

Jesus e os discípulos estão a caminho de Jerusalém, atravessando cidades e povoados. Ele é o missionário que se acerca de todos e comunica-lhes palavras de vida. Naquele tempo, diante das teorias e dos ensinamentos dos rabinos, havia muita curiosidade sobre a salvação eterna, quem e quanto se salvariam. Do meio da multidão, alguém pergunta: "Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?". Mais uma vez, Jesus, sem responder diretamente a pergunta, aponta o caminho da salvação. Para ele, não há privilegiados. "Façam todo o esforço possível para entrar pela porta estreita". Fazer esforço para entrar pela porta estreita equivale à "aproximem-se, optem e acolham a Boa-Nova do Reino". Melhor dizendo, Jesus é a alternativa que possibilita a salvação. Para tornar a questão mais acessível, Jesus conta a parábola da porta fechada. Todos estão na ante-sala aguardando a abertura da porta que dá acesso à sala do banquete. Imaginemos, nessa hora, o que se passa na cabeça dos convidados. Uma grande expectativa. Os que se consideram próximos e amigos do dono crêem ter primazia no ingresso. Eles pensam possuir direitos adquiridos pelo fato de terem comido, bebido diante dele ou até caminhado alguns quilômetros com ele e escutado sua Palavra na praça da cidade. Clamam: "Senhor, abre a porta para nós". Ele não os reconhece, não sabe de onde são; portanto, fecham-se as possibilidades de entendimento. Pior ainda, ele ordena: "Afastem-se de mim, vocês todos, que praticam injustiças". Para estes, a porta está fechada, impedindo o acesso ao banquete do Reino. Todavia, "muita gente virá do Oriente e do Ocidente, do norte e do sul, e tomará lugar à mesa no Reino de Deus". A salvação não se vincula a determinado povo, religião, etnia ou clã familiar. Salvam-se aqueles que aderirem de coração à Boa-Nova e a colocarem em prática. Por sua vez, o dom salvação está vinculado à resposta amorosa a Deus na fé e na fidelidade diária aos valores do amor ao próximo, da justiça e da paz com todos. Alguém poderia pensar: "Como sou batizado, confesso-me com freqüência e participo assiduamente da missa, eu tenho a salvação assegurada!". Cuidado, pois nem mesmo a prática religiosa e sacramental garante a conquista da salvação, se não for expressão de uma autêntica conversão à pessoa de Jesus e adesão Evangelho, traduzida na prática cotidiana da vida.A mensagem de Jesus não quer estressar ninguém nem suscitar um clima de obsessão. Ao contrário, ela se constitui em um convite à conversão livre e radical do coração. É bom agir enquanto é tempo, pois o caminho da salvação é pautado por gestos de gratuidade e de solidariedade! Nessa perspectiva, seremos testemunhas da salvação que Cristo trouxe ao mundo.

21° Domingo do Tempo Comum (Pe Carlo)

O nosso Evangelista, Lucas, ama apresentar Jesus como Deus que caminha no meio dos homens, figurando uma longa e atenciosa viagem que alcança, em seu progresso, as dificuldades e os questionamentos que as pessoas vivem. Jesus de Lucas não é um “guia” que ensina caminhos esotéricos, não é um mestre de espírito, é simplesmente Deus que caminha no meio dos homens enquanto os homens somente vêem um homem. Eis, então mais um episódio que ocorreu ao longo do caminho rumo a Jerusalém, figura da Jerusalém celeste na qual será realizado o julgamento final da história do mundo.
Ao longo do caminho existe sempre uma pessoa que pergunta: «“Senhor, é verdade que são poucos os que serão salvos?”»; o indivíduo do nosso caso é um personagem não identificado. Na verdade nele podemos ver o reflexo de todos os homens que têm a coragem de ver face a face a realidade do mundo e não se iludem mais com o mito do homem capaz de se autoconstruir (como, por exemplo, pensa uma grande parte do “ateísmo prático contemporâneo” e alguns sistemas de pensamento ético tais como a teosofia, a maçonaria, a “neognose” –hoje substituída com uma expressão mais atraente: “poder da mente”-, e outros). A capacidade de ver o mundo como é, é própria do homem sábio e realista, capaz de ver e buscar uma alternativa; não é fuga para um mundo etéreo ou pragmatista: é coragem de ser e existir. A religião verdadeira, a atitude correta e honesta diante de Deus, permite ao homem ver o mundo com outro prisma para poder agir neste com maior eficácia. O nosso personagem também é um homem que se decidiu em favor da dimensão religiosa e vê em Jesus alguém que lhe possa dar uma resposta. Ora, o questionamento que ele faz, encontra a sua raiz num problema de fundo bastante comum: o que eu ganho seguindo o caminho religioso? Vale a pena ser tão diferentes das pessoas que são bem sucedidas por causa de opções que não levam em conta Deus?
Quando não se encontra tão facilmente a resposta, eis então que, infelizmente, a religião a qual deveria servir também para gerar unidade entre as pessoas, paradoxalmente se transforma ela mesma em justificativa para divisões. O mundo é dividido entre “os bons” e “os outros”; se recorre à hipótese de um julgamento final no qual as pessoas que se comportaram bem na vida receberão o seu prêmio e os outros um castigo proporcional... Era esta a visão do Antigo Testamento, à qual estava preso o nosso interlocutor. Tal maneira de ver a religião movia grupos sempre mais integralistas às mais exageradas formas de perseguir em seus mínimos detalhes as regras e normas religiosas. É o que acontece toda vez que falta conteúdo, ainda hoje: recorre-se às formas, quanto mais detalhadamente e ostensivamente possível. Os Talmude, por exemplo, nos trazem informações de que um verdadeiro fiel israelita devia seguir pelo menos 350 regras para não infringir a lei do sábado....! (Quando já havia-se perdido o sentido da autêntica relação entre Jhavé e seu povo).
Tudo isto está à base da pergunta; dado por certo de que a maioria das pessoas não segue a religião, dado por certo que somente poucos seguem a religião como deve ser, dado por certo de que as normas são demais para serem seguidas corretamente e que talvez somente alguns o consigam, resta então a pergunta: «É verdade que são poucos os que serão salvos?”». O questionamento parece já dar como certo que é isto que acontecerá. O indivíduo busca somente uma confirmação. O verbo que ele usa é um passivo: “serão salvos” (e não: “se salvarão” como traduzem alguns, –o verbo “salvar” por si próprio indica o ato de um outro que faça o que o sujeito não consegue fazer por si); deste modo o nosso homem indicava a sua convicção de que serão poucos os que Deus salvará da desgraça final, uma vez que somente poucos foram capazes de seguir os preceitos e, assim, agradar o Altíssimo.
Nota-se então como Jesus não responde sobre este plano. Não é este o critério.
De imediato vê-se como o Senhor não faz da salvação um prêmio ou uma meta conquistada; a salvação é representada pela imagem de um banquete onde existe uma porta aberta, simplesmente aberta. Sabemos bem que a imagem do banquete, no Antigo Testamento e para Jesus, é essencialmente ligada à festa. Esta, a festa, é o sentido final de tudo, a festa é o lugar para onde corre a história da humanidade inteira, é o lugar onde Deus quer se encontrar com todos a fim de poder oferecer o que possui de melhor, -segundo a imagem de Isaías (25,6-10).
A questão, então não se coloca sobre uma conquista e o método melhor para alcançar a meta, pois esta é garantida a todos; a questão é como entrar. Ou seja, não tanto sobre os meios mas sim a quanto à condição em que o homem se põe, condição que lhe permite entrar ou não na sala da festa.
Mais um elemento que está claro para Jesus: não existe a possibilidade de delongar ao infinito as opções. É uma das doenças que hoje nos atingem mais diretamente, não é difícil perceber como as decisões importantes da vida hoje são “adiadas” o quanto mais possível. Alguns para justificar este “eteno” adiamento até projetam isto numa “outra vida” feita de reencarnações progressivas. A história não é assim: Aquele que «se levanta» (o verbo recorda o “levantar-se do sono da morte”, sugerindo assim uma analogia com o Ressuscitado, ao qual compete o julgamento da história) «fechará a porta» num determinado momento. A seriedade deste ato reconduz à seriedade com qual deve ser considerada a nossa vida, nos ajuda a olhar com realismo o que vivemos e as opções que precisamos fazer; adiar indefinidamente é uma fuga que conduz num beco sem saída.
Creio que, para entender melhor o que Jesus queria nos transmitir, precisamos recorrer ainda ao Livro de Gênese; em dois episódios ligados entre si encontramos elementos que explicitam as palavras de Jesus.
A caminho para Harã, numa localidade identificada mais tarde com Betel, Jacó viveu uma experiência mística à qual Jesus três vezes fez referência; sentiu como o Deus que chamava “Altíssimo” na verdade estava mais perto do que se podia imaginar e que o acesso a Ele não era proibido (todas as religiões daquela época viam as divindades como proibidas), a experiência é descrita com a imagem de um sonho (Gen. 28, 10ss). Ao contrário! O sonho termina com uma expressão de admiração e temor: «Este lugar é terrível, é a porta do céu!».
Como em outro lugar (Jo. 10,1-9), Jesus se interpreta aqui como aquela “porta” que dá acesso ao céu. Ao indivíduo que lhe perguntava sobre o número daqueles que forem aceitos por Deus, Jesus responde que o Pai aceita todos os que passarem pela porta que é o Cristo. Não há outro critério, Jesus é a porta e entrar por ela significa penetrar o modo de pensar e de agir de Jesus, significa “entrar” em sua vida. Tudo o que o homem fizer, mesmo bom, deve necessariamente passar pela comunhão com Jesus, sem esta os atos se tornam insignificantes: «não vos conheço» responderá o dono da casa; sabemos que “conhecer” na linguagem bíblica significa ter uma relação totalmente transparente e quase uma fusão de pessoas. Eis então o primeiro questionamento que se nos põe: é este o prisma com o qual vejo a minha vida de fé? Que espaço ainda ocupa em mim a tentação de me sentir “justo” em comparação com “outros”, como o interlocutor de Jesus? Entrar pela porta que é Cristo é entrar no mundo que Cristo oferece, nas relações como Ele as propõe, nas atitudes que Ele teve... é assim também para mim?
Jesus prossegue indicando as qualidades desta “porta”. Ela é «estreita», o que não significa que é “difícil”, que pode ser alcançada somente por alguns privilegiados etc. Estreita, significa simplesmente que é o que é, que não se adapta às pessoas, não é um caminho que cada um molda conforme o que mais lhe apraz. A porta é o que é; e o que “é” é a vida de Jesus como Ele a viveu. Não é a porta que se “adapta” às pessoas, mas sim o contrário.
Ora, Jesus diz que é “estreita”, estreita para todos, porque cada um possui uma bagagem que lhe dá segurança e com a qual pretende enfrentar a vida achando de ter nesta bagagem tudo o que é necessário. É como uma mochila que carregamos nas costas na hora de fazer uma viagem, nela colocamos uma grande quantidade de coisas achando que todas têm o mesmo valor e que são indispensáveis, ou que um dia poderão nos servir.... Mas, quanto mais o tempo passa, tanto mais esta mesma mochila se revela pesada e quanto mais coisas houver dentro tanto mais difícil se torna conseguir passar por uma porta que é mais estreita do que se imagina. Estreita, estreita porque o que permanecerá é somente aquilo que nos faz mais semelhantes a Deus: um amor de reciprocidade sem fim. É isto que encontraremos Nele uma vez entrados pela porta; isto é o necessário para poder participar de um banquete festivo, o mais é providenciado pelo Anfitrião. No entanto há ainda quem não queira deixar nada, mas deste modo tudo fica bem mais difícil, impossível até. Evidentemente Jesus sugere que estejamos dispostos a fazer uma escolha radical, uma escolha que pode até deixar marcas mas estabelece uma profunda relação com Deus. O nosso texto traz uma alusão ao segundo trecho de Gênese no qual o mesmo Jacó vive um segundo aspecto daquela experiência mística da qual já fizemos menção. O texto de Gen. 32,23-33 descreve o outro lado da moeda de um autêntico encontro com Deus, se o primeiro aspecto é como um sonho, o segundo se transforma realmente numa “luta”. É comum encontrar alguns que traduzem assim as palavras de Jesus: «Fazei todo esforço possível para entrar...», mas esta tradução não corresponde às palavras relatadas pelo Evangelista que soam assim: «Lutem...» (Agwnizesqe = “agonia” é a luta e, especificamente, a luta decisiva). Não se trata então de fazer “o possível”, pois este “possível” é muito relativo e cada um coloca o limite que desejar ao “possível”; sem contar que esta tradução faz perder a referência à “luta” de Jacó com Deus que interessa mais o nosso contexto. Trata-se então de travar uma luta decisiva contra tudo quanto o que Deus nos propõe deixar, e o seu adversário, o nosso “eu” que crê precisar de muitas coisa para ser feliz. Jacó luta durante a noite inteira, assim como o homem lutará durante todo o período que antecede a aurora de um mundo renovado. Nesta luta, o único desejo de Jacó não é demonstrar superioridade (como bem no fundo faz o ateísmo) ao contrário, a luta de Jacó é humilde, ele luta para receber uma benção... e consegue, mesmo que isto lhe custe ficar mancando de uma perna. E mais, além da benção Jacó aprende a conhecer a Deus; de fato a luta honesta com alguém nos faz conhecer quem somos e quem é o outro que está à nossa frente, assim como fazem as crianças quando brincam de luta: ninguém perde, os dois ganham. Assim, um entra a fazer parte da vida do outro, um “conhece” o outro assim como o nosso trecho sugere; situação essencial para entrar no banquete da festa.

21 domingo del tiempo ordinario

Las Lecturas de este Domingo nos recuerdan nuestro camino al Cielo. El Señor nos habla en el Evangelio (Lc. 13, 22-30) de la “puerta estrecha” que lleva al Cielo ... y de los que quedarán fuera.
El comentario de Jesús se da a raíz de una pregunta que le hace alguien durante una de sus enseñanzas, mientras iba camino a Jerusalén. “Señor: ¿es verdad que son pocos los que se salvan?” Y Jesús “pareciera” que no responde directamente sobre el número de los salvados. Pero con su respuesta nos da a entender varias cosas.
Primero: que hay que esforzarse por llegar al Cielo. Nos dice así: “Esfuércense por entrar por la puerta, que es angosta”. Lo segundo que vemos es que la puerta del Cielo es “angosta”. Además nos dice que “muchos tratarán de entrar (al Cielo) y no podrán”.
Sobre cómo es el camino y la puerta del Cielo y cómo es el camino y la puerta del Infierno, y sobre el número de los salvados, hay otro texto evangélico similar y complementario de éste, en el que nos dice así el Señor:
“Entren por la puerta angosta, porque la puerta ancha y el camino amplio conducen a la perdición, y muchos entran por ahí. Angosta es la puerta y estrecho el camino que conducen a la salvación, y pocos son los que dan con él” (Mt. 7, 13-14).
O sea que, según estas palabras de Jesucristo, es fácil llegar al Infierno y muchos van para allá ... y es difícil llegar al Cielo y pocos llegan allí.
Con razón nos dice el Señor que necesitamos esforzarnos. Y ... ¿en qué consiste ese esfuerzo? El esfuerzo consiste en buscar y en hacer solamente la Voluntad de Dios. Y esto que se dice tan fácilmente, no es tan fácil. Y no es tan fácil, porque nos gusta siempre hacer nuestra propia voluntad y no la de Dios.
Hacer la Voluntad de Dios es no tener voluntad propia. Es entregarnos enteramente a Dios y a sus planes y designios para nuestra vida. Es aún más: hacer la Voluntad de Dios es ceñirnos a los criterios de Dios ... y no a los nuestros. Es decirle al Señor, no cuáles son nuestros planes para que El nos ayude a realizarlos, sino más bien preguntarle: “Señor ¿qué quieres tú de mí”. Es más bien decirle: “Aquí estoy, Señor, para hacer tu Voluntad. Haz conmigo lo que Tú quieras”.
Y ... ¿oramos así al Señor? Si oramos así y si actuamos así, estamos realizando ese esfuerzo que nos pide el Señor para poder entrar por la “puerta angosta” del Cielo.
Pero si no buscamos la Voluntad de Dios, si no cumplimos con sus Mandamientos, si lo que hacemos es tratar de satisfacer los deseos propios y la propia voluntad, podemos estar yéndonos por el camino fácil y ancho que no lleva al Cielo, sino al otro sitio.
Y ... ¿cómo es ese otro sitio? Aunque en este texto del Evangelio que hemos leído hoy, Jesús no nombra directamente ese otro sitio con el nombre de “Infierno”, sí nos da a entender cómo será. Además, es bueno saber que Jesucristo lo nombra de muchas maneras, en muchas otras ocasiones.
Y es bueno saber que el Infierno es una de las verdades de nuestra Fe Católica que está apoyada por el mayor número de citas bíblicas. A veces el Señor lo llama fuego, a veces fuego eterno o abismo, oscuridad, tinieblas, etc.
En el caso del Evangelio de hoy, lo describe simplemente como “ser echado fuera”. Y describe, además, cómo será el rechazo de Dios hacia los que “han hecho el mal”. Dirá así el Señor a los que han obrado mal: “Yo les aseguro que no sé quiénes son ustedes. Apártense de mí todos ustedes, los que han hecho el mal”. Y concluye diciendo cómo será la reacción de los malos: “Entonces llorarán ustedes y se desesperarán”.
En la Fiesta de la Asunción de la Santísima Virgen María al Cielo la semana pasada, recordábamos el misterio de nuestra futura inmortalidad y de lo que nos espera en la otra Vida. Este Evangelio de hoy nos lleva a lo mismo: nos lleva a reflexionar sobre nuestro destino final para la eternidad.
Los seres humanos nacemos, crecemos y morimos. De hecho, nacemos a esta vida terrena para morir; es decir, para pasar de esta vida a la Vida Eterna. Así que la muerte no es el fin de la vida, sino el paso a la Vida Eterna, el comienzo de la Verdadera Vida … si transitamos “el camino estrecho” de que nos habla el Señor en el Evangelio.
Nuestro destino para toda la eternidad queda definido en el instante mismo de nuestra muerte. En ese momento nuestra alma, que es inmortal, se separa de nuestro cuerpo e inmediatamente es juzgada por Dios, en lo que se denomina el Juicio Particular.
Y ¿qué es el Juicio Particular? El Juicio Particular que sucede simultáneamente con nuestra muerte, consiste en una iluminación instantánea que el alma recibe de Dios, mediante la cual ésta sabe su destino para la eternidad, según sus buenas y malas obras.
La puerta ancha y la puerta estrecha se refieren a las opciones eternas que tenemos para la otra vida: el Infierno y el Cielo. Sin embargo, hay una tercera opción -el Purgatorio- que no es eterna: las almas que allí van pasan posteriormente al Cielo, después de ser purificadas, pues nadie puede entrar al Cielo sin estar totalmente limpio. (cf. Ap. 21, 27).
¿Cómo es el Infierno? Es un estado y un lugar de castigo eterno donde van las almas que se han rebelado contra Dios y que mueren en esa actitud. La más horrenda de las penas del Infierno es la pérdida definitiva y para siempre del fin para el cual hemos sido creados: el gozo de la presencia de Dios.
¿Cómo es el Cielo? Es un estado y un lugar de felicidad perfecta y eterna donde van las almas que han obrado conforme a la Voluntad de Dios en la tierra y que mueren en estado de gracia y amistad con Dios, y perfectamente purificadas.
Sepamos que el Cielo es la meta para la cual fuimos creados, pues Dios desea comunicarnos su completa y perfecta felicidad llevándonos al Cielo. Sin embargo, lograr una descripción adecuada del Cielo es imposible. Y es imposible porque los seres humanos somos limitados para comprender y describir lo ilimitado de Dios.
Fíjense en una cosa: el día de nuestro nacimiento nacemos a la vida terrena ... y llegar al Cielo es nacer a la gloria eterna. Nuestra alma al presentarse al Cielo tiene un solo pensar, un solo sentimiento: el Amor de Dios. Y como el Amor de Dios es Infinito, es entonces, el amor más grande que podamos sentir. En efecto, en el Cielo amaremos a Dios con todas nuestras fuerzas y El nos amará con su Amor que no tiene límites. El Amor de Dios es el Amor más intenso y más agradable que podamos sentir. Es muchísimo más que todo lo que nuestro corazón ha anhelado siempre. En el Cielo ya no desearemos, ni necesitaremos nada más, pues el Cielo es la satisfacción perfecta de nuestro anhelo de felicidad.
Sin embargo, el Cielo es realmente indescriptible, inimaginable, inexplicable. Es infinitamente más de todo lo que tratemos de imaginarnos o intentemos describir. Por eso San Pablo, quien según sus escritos pudo vislumbrar el Cielo, sólo puede decir que “ni el ojo vio, ni el oído escuchó, ni el corazón humano puede imaginar lo que tiene Dios preparado para aquéllos que le aman” (1 Cor. 2, 9).
En la Segunda Lectura (Hb. 12, 5-7 y 11-13) San Pablo nos habla de cómo Dios nos corrige y cómo debemos aprovechar esas correcciones del Señor:
“No desprecies la corrección del Señor, ni te desanimes cuando te reprenda. Porque el Señor corrige a los que ama y da azotes a sus hijos predilectos”. Nos recuerda que Dios es Padre y que todos los padres corrigen a sus hijos. Es cierto que ninguna corrección nos hace alegres, pero después pueden verse los frutos: “frutos de santidad y de paz”. Y los frutos deben alegrarnos.
Pero a veces nos comportamos incorrectamente ante las correcciones de Dios. Cuando nos cae una desgracia o sufrimos un accidente o una enfermedad, enseguida pensamos “¿por qué yo?”. Y creemos que Dios nos está castigando.
En realidad lo que denominamos “castigos” de Dios son más bien llamadas suyas para seguirle en medio de las circunstancias que El tenga dispuestas para cada uno de nosotros.
Y El, que es infinitamente sabio, sabe lo que mejor nos conviene a cada uno: lo que nos conviene para lo que verdaderamente importa, que es nuestra salvación eterna: entrar por el camino estrecho.
Cuando pensamos en que Dios nos castiga es porque perdemos de vista lo que es nuestra meta, perdemos de vista hacia dónde vamos mientras vivimos aquí en la tierra: vamos hacia la eternidad. Nos olvidamos de la otra vida, la que nos espera después de la muerte.
Pero es muy importante tener en cuenta que Dios no castiga ni premia plenamente en esta vida. Dios premia o castiga plenamente en la vida que nos espera después de morir.
De allí que el verdadero castigo de Dios sea perderlo para siempre. En eso consiste la condenación eterna, el camino ancho. Y, en realidad, no es Dios quien nos condena: somos nosotros mismos los que decidimos condenarnos, porque queremos estar en contra de Dios.
Así que lo que llamamos “castigos” de Dios, son correcciones de un Padre que nos ama, son regalos que nos El da con miras a la Vida Eterna. Pueden bien ser advertencias que El nos hace para que tomemos el camino correcto, para que nos volvamos hacia El, para que nos enrumbemos hacia la salvación y no hacia la condenación.
La Primera Lectura (Is. 66, 18-21) nos habla de que Dios ha llamado a hombres de todas las naciones, de todas las razas, de todas las lenguas. No hay excepción. De lejos y de cerca, de todas partes. La salvación es una llamada universal, no sólo para los judíos. Inclusive escogerá Sacerdotes de entre los paganos. Esto conecta con el final del Evangelio: “Vendrán muchos de oriente y del poniente, del norte y del sur, y participarán en el banquete del Reino de Dios”. Todos están llamados: unos aceptan a Dios, otros no. Unos serán primeros y otros serán últimos.

21° Domingo do Tempo Comum

Estamos encerrando o mês das vocações. O dia da catequista e do catequista deve ser celebrado com a mesma alegria e empolgação com que foram celebrados o dia do Padre, da Família e do Religioso.Todas as vocações são importantes na divulgação e vivência do Projeto de Deus que Jesus nos trouxe. Ser catequista constitui hoje um grande desafio, frente às muitas ofertas, ao leque muito aberto de possibilidades que nossas crianças, nossos jovens e nossas famílias têm à sua frente.Diante de tanto relativismo, precisamos continuar a afirmar o ABSOLUTO: Deus.Este Absoluto, no entanto, não é o distante, o (leia mais, clique aqui...)