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Pessoas preocupadas com a prevenção

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Religião complica a vida? 21° Dom. Tempo Comum

Jesus caminha para Jerusalém, onde completará sua missão em sua entrega ao Pai e em sua glorificação. No caminho alguém lhe pergunta: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” (Lc 13,23). A questão da salvação é sempre um mistério. Isso não justifica que inventemos soluções, mas as procuremos no próprio Jesus, que é o único salvador. Surgiram muitos salvadores no correr da história. O próprio imperador romano se dizia salvador do povo. Mesmo hoje aparecem salvadores prometendo salvação. É o próprio Jesus quem responde: “Fazei todo o esforço para entrar pela porta estreita” (24). Não adianta somente ter estado com Jesus, dizer que comeram e beberam com Ele. Ou escutaram sua doutrina. Ou mesmo ter nome de cristão. Não é a religião que salva. ‘Entrei nessa religião ou nesse grupo, estou salvo’. O que salva é o fazer o que Ele propõe. Ele não aceita os que praticam a injustiça. Por aí já temos uma solução. Quem vai se salvar são aqueles que, mesmo sem conhecer a Deus como conhecemos, fizeram o que Deus quer. A porta é estreita, mas é aberta para todos os que queiram praticar a justiça, como ouvimos na Palavra de hoje: Todos que assim fizerem, mesmo que não tenham recebido o anúncio da Igreja, estarão passando pela porta estreita. A religião não é complicada, somos nós que nos complicamos. Vemos tantas leis e tantos mandamentos. Jesus condensa tudo no amor. Não é complicado. O peso da religião vem de nossa canseira provocada pelo egoísmo e orgulho. Deus quer que todos cheguemos à salvação por meio de Jesus. A liberdade de ser salvo nos liberta de todas as cadeias. Quanto mais de Jesus, mais pura a religião. Um Reino para todosJesus afirma: “Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa do Reino de Deus”. O profeta Isaías anuncia essa visão universalista que foi uma questão complicada para o povo de Israel e às vezes o é para os cristãos. Os judeus tinham uma visão estreita, dando-se o direito de serem o único povo de Deus, mesmo diante de uma profecia tão linda como essa de Isaías. Perdeu a noção de profeta das nações. Deus escolheu um povo para si e para cumprir uma missão e não para ser dono de um Deus. Corremos o mesmo risco de nos fecharmos em um esquema de trazer os povos para nós e não levar o evangelho para os povos. Por aí podemos ver os erros da evangelização. Somos culpados pelo fato de tantos povos estarem distantes do evangelho. Eles têm as sementes do Evangelho. A nós compete ajudá-los a fazê-las crescer e anunciar as riquezas da graça de Deus. Deus é justo, é santo. Praticar a justiça é viver conforme essa justiça e santidade de Deus. Se não acreditarmos em um Deus para todos, como seria a situação dos outros? Jesus acentua “que últimos serão primeiros e primeiros serão últimos” (Lc 13,30). Deus corrige a quem ama A Palavra de Deus na carta aos Hebreus acentua uns elementos a mais que contribuem para entender a porta estreita: “Não desprezes a educação do Senhor, não desanimes quando Ele te repreender; pois o Senhor corrige a quem Ele ama e castiga a quem aceita como filho” [...] “Qual é o Filho a quem o pai não corrige?” (Hb 12,5-7). Por aqui podemos perceber que há um caminho não difícil ou impossível. A vida tem que ser atenta a encontrar os melhores caminhos, superar as dificuldades e vencer os erros que cometemos na caminhada. Isso é a educação de Deus. Pode ser duro, mas a porta é estreita. A comunidade reunida para a celebração é sempre uma escola de bom aprendizado. Leituras: Isaías 66,18-21; Hebreus 12,5-7.11-13; Lucas 13,22-30.Ficha: 1. Jesus continua catequizando seus discípulos. Responde a uma pergunta: “São poucos os que se salvam?” A questão da salvação é sempre um mistério. Por isso apresentam-se sempre “salvadores”. As pessoas se salvam, não por pertencerem a uma religião, mas por conhecerem a Deus, mas por fazerem o que Ele quer. Na verdade, só conhece a Deus, quem faz sua vontade. Não é complicado. Basta amar. Assim estamos atravessando a porta que é Jesus. 2. O Reino é aberto para todos. Os judeus não tinham uma visão universalista de sua missão, apesar de serem ensinados pelos profetas. Nós corremos o risco de nos fecharmos em um esquema de trazer os povos para nós e não na visão de levar o evangelho aos povos. Evangelho não se reduz à cultura de um povo. Anunciamos as riquezas da graça de Deus. 3. Deus corrige aos que ama. Não é impossível o caminho da fé, pois Deus nos educa para isso. A correção de Deus acontece quando nos convertemos. Na celebração nós temos uma boa escola para o aprendizado.

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